Numa época em que se respira o clima romântico do Dia dos
Namorados em tudo, andam dizendo por aí que os solteiros sofrem “bullying”.
Brincadeiras à parte, o “estar solteiro” é um assunto que dá o que falar,
principalmente numa sociedade em que os compromissos definitivos são
relativisados e postos à prova, pois tem muita gente por aí querendo só “curtir
a vida”.
Falar sobre o universo dos descompromissados é bem complexo
e não caberia em um único artigo, desta forma gostaríamos apenas de abrir a
discussão e não dar respostas prontas, porque cada solteiro vive algo bem
particular.
O VALOR DA ESPERA
Há pessoas, por exemplo, que preferem o ‘estar’ solteiro à
faculdade, à carreira profissional, aos amigos, à família, porque estes são os
focos do momento. Por outro lado, há pessoas que estão solteiras, porque, de fato, não lhes apareceu alguém.
Aí… paciência! Não é o fim do mundo. Mas nem todos encaram isso com
tranquilidade e maturidade, pois para alguns a idade vai passando, os amigos
vão se resolvendo e aquela história de “ficar pra titia (ou titio)”, somada à
pressão social de “ter alguém”, emerge como um tipo de fracasso na vida.
Para falar mais sobre o assunto, fomos conversar com três
jovens que tinham tudo para estar namorando, mas estão descomprometidos:
Gustavo (25), Glaucia (23) e Karen (19). Por que será que eles estão solteiros?
Para o Cristianismo, nem todas as pessoas são chamadas ao
matrimônio, mas isso não quer dizer que exista uma vocação à “solteirice” –
como que equiparado ao matrimônio -, muito menos pode existir, na condição de
solteiro, um desprezo ao casamento ou à sexualidade.
Assim nos diz o Youcat (265) [Catecismo Jovem da Igreja
Católica] :
Também as pessoas que vivem sós podem ter uma vida plena.
Talvez seja da vontade de Deus que ela se preocupe com pessoas que não contam
com o apoio de ninguém. Não raramente até, Deus chama tal pessoa a uma
proximidade de Si; é o caso de renunciar a um parceiro, ‘por causa do Reino de
Deus’ (Mat 19, 12).
Para os que estão abertos e querem encontrar sua “cara
metade”, vale lembrar que, na visão cristã, não se busca alguém para ser feliz,
mas para fazer o outro feliz. Desta forma, um namoro segundo a vontade de Deus
nasce a partir do amor que tenho por mim e que transborda para um outro.
Não existe aquela história de procurar alguém para preencher
o meu “vazio existencial”, pois o encontro entre dois vazios certamente acabará
num grande nada. Lembre-se de que, por mais que você encontre a pessoa da sua
vida, existe em você um espaço que só Deus pode preencher.
fonte: www.cancaonova/destrave